Criminosos usaram dois tipos de fuzil durante execução de ex-delegado; saiba quais são
- 16/09/2025

Novos vídeos mostram tiros e desespero de testemunhas durante execução de ex-delegado Os criminosos usaram dois tipos de fuzil durante a execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo g1 nesta terça-feira (16), foram apreendidos cartuchos dos calibres 5,56X45 mm e 7,62X51 mm. Ao todo, a Polícia Civil apreendeu 48 cartuchos de fuzis -- a corporação não especificou no BO a quantidade deflagrada, ou seja, disparada. Conforme é possível escutar nas imagens do momento da execução, o carro de Fontes foi alvo de pelo menos 21 disparos em seis segundos (veja acima). ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp Ainda segundo o BO, a equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apreendeu os cartuchos no interior e nas proximidades dos carros usados pelos criminosos e localizados pela polícia. Alguns deles estavam danificados pelo incêndio causado em um dos veículos. Ex-delegadon Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado em Praia Grande (SP) Matheus Croce/TV Tribuna, Prefeitura de Praia Grande e Reprodução Além dos cartuchos de fuzis, também foram encontrados 21 projéteis de pistola 9 mm, que não teriam sido usados no crime. Veja a lista dos itens apreendidos abaixo: ➡️Um boné azul ➡️Um óculos marrom ➡️Um carregador de pistola 9 mm, um de fuzil 5,56X45 mm e outro de fuzil 7,62X51 mm ➡️Um ferrolho [parte que fecha o cano da arma durante o disparo], um cano de pistola calibre 9 mm e componentes metálicos -- todos queimados pelo fogo ➡️Quatro placas de carro, sendo duas queimadas no incêndio ➡️Seis cartuchos de arma de fogo — não especificada e também danificadas pelas chamas ➡️15 cartuchos calibre 9 mm ➡️17 cartuchos calibre 7,62X51 mm ➡️31 cartuchos calibre 5,56 mm e um estojo do mesmo fuzil Leia também Carro usado na execução de ex-delegado, que ajudou a identificar suspeitos, está ao lado do veículo da vítima Mulher baleada durante execução de ex-delegado relata ataque: 'traumatizante' Execução do delegado Ruy Ferraz Fontes 'escancara' como governo de SP cuida de policiais, diz sindicato O caso Infográfico: ex-delegado-geral de SP é assassinado no litoral sul Arte/g1 Com base nas imagens de monitoramento da prefeitura, os criminosos chegaram à Rua Arnaldo Vitulli, ao lado da Secretaria de Educação, às 18h02 de segunda-feira (15). Eles permaneceram de tocaia até às 18h16, quando o ex-delegado passou de carro e foi alvo dos primeiros disparos de fuzil. Ruy Ferraz Fontes tentou escapar pela Rua 1º de Janeiro, mas foi perseguido por cerca de 500 metros. Na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, bateu em um ônibus e capotou. Nesse momento, três criminosos armados com fuzis desceram do carro. Um deles ficou na cobertura, enquanto os outros dois se aproximaram do veículo e executaram o ex-delegado com diversos disparos. A Polícia identificou dois suspeitos de envolvimento no assassinato por meio de impressões digitais encontradas em um dos veículos abandonados. A Justiça já recebeu o pedido de prisão temporária dos investigados, mas ninguém havia sido preso até a última atualização desta reportagem. Quem era Ruy Ferraz Fontes Ruy Ferraz Fontes durante evento da cúpula da Segurança Pública de SP em 30/11/2018 TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, onde também fez pós-graduação em Direito Civil, Ferraz Fontes teve passagens por diversas delegacias especializadas, como o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foi justamente no Deic, no início dos anos 2000, como chefe da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos, que ele iniciou investigações sobre o PCC, sendo responsável por prender lideranças da facção e mapear sua estrutura criminosa. A atuação de Ferraz Fontes foi decisiva durante os ataques de maio de 2006, quando o PCC promoveu uma série de ações violentas contra forças de segurança em São Paulo. Entre 2019 e 2022, comandou a Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo. Nesse período, liderou a transferência de chefes do PCC de presídios paulistas para unidades federais em outros estados, medida considerada estratégica para enfraquecer o poder da facção dentro das cadeias. Ao longo da carreira, participou de cursos no Brasil, na França e no Canadá, e também foi professor de Criminologia e Direito Processual Penal. Em 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande, onde permaneceu até 2025. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
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